domingo, 9 de janeiro de 2011


A Cadeira

Aquela cadeira vazia
Que um dia já fora ocupada
Aquela cadeira vazia
Que agora não sustenta mais nada

Aquela vazia
Vazia
Vazia e mais nada

Aquela que retrata o ausente
Sufoca o presente
E relata o nada

Esta que se desfaz com o tempo
Melancólica pousa em silêncio
Com camadas empoeiradas.

Carolline P.F. Santos

2 comentários:

  1. Me interesso sim por essa morte em vida.
    Aliais o titulo do seu blog já foi tema recorrente de muitas das minhas conversas.

    Quanto ao seu poema, acho que você consegui expressar bem o "nada" ou vazio próprio usando a "cadeira" como símbolo. talvez ela simbolize alguém que não está mais ali ou a própria cadeira empoeirada esquecida. Mas isso só você que sabe =D

    Um abraço e boa madrugada!

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  2. Cada um tem sua interpretação da cadeira, talvez você tenha acertado a minha, talvez até seja sua e você não sabe (ou sabe). =)
    Talvez o poema seja sobre uma cadeira, ou a reflexão para o tudo, ou para o próprio nada.
    A interpretação varia e ganha nova roupagem a cada leitura, cada pessoa sente o poema de forma diferenciada.
    Eu adorei a tua leitura da cadeira, você é dotado de muita sensibilidade interpretativa!
    Boa madrugada, fique sempre à vontade aqui, será sempre muito bem vindo.
    Um forte abraço! =)

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