sábado, 17 de setembro de 2011




Ela.
Ela andava a passos largos, apesar das mãos tremulas acendeu um cigarro.
Buscou entre seus pensamentos uma saída para a sua situação, nada veio, nada fazia sentido naquele instante; então ela sentou num meio fio e desesperada chorava, chorava e chorava...
Até que ela achou uma saída, mais dolorosa, porém a mais eficaz.
Resolveu então pegar seus sonhos e joga-los num rio, e junto com eles o seu coração, jogou  todas as lembranças fora, todas, até não restar mais nenhuma.
Depois disso ela virou um objeto de carne e ossos, vagou pelas ruas, foi estuprada, espancada e morta; mas ela não sentiu nada, pois jazia morta desde o dia em que seus sonhos  foram tragados pelo rio.

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