Aborto
Era apenas um aborto, comum como mais um outro, que se dava lá pela décima quarta vez, tal qual ela sempre praticava à noite, em seu banheiro.
Só que numa noite de sexta-feira aquilo tudo mudou.
Ela abriu a gaveta do criado mudo como de costume e tirou os apetrechos necessários, pegou o pano limpo e saiu para o banheiro.
Naquela sexta-feira ela descobriu o preço do aborto, e seu deu quando ela penetrou os coprimidos e viu seu corpo definhar junto ao feto que saia despedaçado do seu ventre.
O pano limpo já não era mais limpo, este agora estava ensopado de sangue, até que ela ouvio, ao longe, a voz de sua mãe, que no quarto brigava em meio tom com seu pai dizendo:
"-Eu nunca a quis, mas você não me permitiu fazer aborto."
Depois dalí ela abraçou o feto morto que fazia pequeno volume no pano e lá, chorando, sangrou arrependida até a morte.
Carolline P.F. Santos
que triste.. =/
ResponderExcluirNem todos tem sorte nesta vida... Nem ela, nem o bebê que por suas mãos ela tirou.
ResponderExcluirTrágica vida, singela morte.
Trágica vida, singela morte. [2]
ResponderExcluirVocê escreve muito bem! Gostei deveras. x]
Muito interessante. Morreu quando soube que a mãe queria abortá-la e logo depois de ter abortado uma criança. Muito bem pensado.
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