quarta-feira, 26 de janeiro de 2011


Cotidiano

Desmembrar sonhos pródigos
Aqueles que nem mesmo foram totalmente gerados
Como num aborto de idéias
Jogando no vaso o que fôra arrancado
Calar o brilho de um ideal
É reluzir o que é real
Arracar com unhas e dentes o dejavir da vitória
Sentindo-se lançado a realidade brutal
Cotidiano ceifador
De sonhos
De contos
De ilusões
Aqueles que se despedaçam com o tempo
São arracados como membros
De poetas e canções.

Carolline P. F. Santos

2 comentários:

  1. Oi Carolline...
    É muito difícil sonhar neste mundo de pedra que só aceita o que é comum, o que serve a todos, o que é palpável.Sonho escondida e em silêncio, pois sei que para muitos sonhar hoje em dia é só para loucos. Não cedo ao mundo, sigo sonhando e tentando em meio ao sonho me manter, se possível com os pés no chão.
    beijos e como sempre são belas as suas poesias...

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  2. Obrigada Néia. =)
    É verdade, sonhar hoje é loucura para muitos e é justamente por isso que a poesia paira fraca, muitas vezes desnutrida.
    Estão morrendo os sonhadores, estão se findando os poetas.

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