segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011


A morte colhe rosas

Meu coração que em constante espera
Bate confiante para que a morte me abrace
Como despede-se as rosas da antiga primavera
E a folha lentamente se desprende da árvore

Como criança que aduba num jardim
E espera ver o fruto do que fôra cultivado
Eu espero brotar a bela flor negra
Em meu jardim de dor que se encontra enfeitado

Talvez de sonhos e devaneios se misturem meus campos
Que o vento sopra e os leva tão longe
Fazendo-se desprender cada ilusão do solo de minh'alma
Carregando minha dor além do horizonte

É por isso que te espero ó bela flor da morte
Para te colher e cessar meu pranto
Te inalar e admirar grande sorte
De descer a sepultura e calar-me por encanto

Carolline P. F. Santos

4 comentários:

  1. Oi Carol...
    Em primeiro lugar gostaria de agradecer o lindo texto que você me deu de presente, caso vc permita vou publicà-lo em um post.Com relação ao seu texto, acho que sentir é tão relativo e bipolar, que muitas vezes estamos felizes em outras e por motívos até fúteis nos entristecemos tanto.Que bons ventos soprem a sua dor para além do horizonte, embora às vezes o melhor é sentí-la até o esgotamento, para que não sobre nada para vento trazer de volta.
    Lá no meu blo tem um presente para você, é um Memne literário qu ganhei da Márcinha e tinha que escolher 10 blogs para repassar. Escolhi você pois acho que você tem um jeito especial e diferente de escrever, assim acho que vai contribuir para os leitores.
    Espero que goste...beijos e até.
    Ah.. só para cosntar, não acho você nada distêmica

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  2. Obrigada, e pode postar sim.
    Brigada tbm pelo meme literário. =)
    Muito obrigada pela consideração, de verdade.
    Abraço!

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